1998 | A franca fraca faca da sutileza
A franca fraca faca da sutileza
dos cabelos o grampo escapa
o arame e a farpa protegem o milho
febre e sede de afiadas cercas
terra colorida de cego às cegas
liberdade e fome de dois pontos
romântico olho fixa o beija-flor
o néctar na língua ponteaguda jorra
toma na penetração macia e exótica
adornado em côres brilhante pássaro
molhada a folha do jornal
borra cruzados fios em postes
espalha luz seguro
o telhado espera algo
a roupa sêca se solta do prendedor
dura caminhada isola a sola cor
bocas e túneis passam objetos
a triturar os dentes aos galhos
a última gôta escorre sentido os cinco sentidos
ficam o pé passeia sôbre os dedos
pose de distraído peso
som e odores robotizam a cabeça
corredor de guilhotinas arrumadas
Treme a carne entre a pele
Lã aquecida do corpo frio.
Ilha, julho de 1998
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