Escondido alinhado sol ardente
Deixa escapar raios frios no ainda
Escuro
Iscas presas alongalinha
Transparente
Corta as águas às cegas pelas costas
Solto o fio ourado no céu
Que o avião solta e confia
No vasto oceano vazio
O peixe perdido na isca de metal
O pescador cruza o posto salvavidas
A cruz e a mata
Confia na luz que poste espalha
E caminha entre sombras
Dividido nos quatro quadrados do fio
Pitagórico
Norte sul leste oeste.

Rio Tavares, maio de 2005

Nenhum comentário: